Os radares fixos instalados ao longo da BR-470 estão desligados em vários trechos da rodovia devido à falta de recursos federais para manter os contratos de operação e manutenção dos equipamentos. Sem verba, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) não consegue garantir o funcionamento do sistema de fiscalização eletrônica.

O problema se agravou em 2025, quando o DNIT comunicou às superintendências estaduais que não havia orçamento suficiente para sustentar o programa de radares. Com isso, diversos contratos foram suspensos a partir de 1º de agosto, deixando milhares de quilômetros de rodovias federais sem fiscalização eletrônica. Na prática, sem contrato ativo e sem processamento das imagens, muitos equipamentos foram desligados ou permanecem apenas como estruturas físicas, sem gerar qualquer autuação.

O mesmo problema vem sendo observado em rodovias federais no Rio Grande do Sul. Relatos regionais apontam que vários pontos da rodovia tiveram os radares desativados justamente pela falta de recursos para manter o serviço em operação.

Para tentar amenizar os riscos em trechos considerados críticos, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o DNIT têm recorrido ao uso de radares móveis e ao reforço da sinalização. No entanto, a fiscalização automática de velocidade — que depende dos equipamentos fixos — permanece significativamente reduzida enquanto o orçamento não é restabelecido.