Mulheres de todas as idades, desde jovens até a terceira idade, podem necessitar de cirurgia pélvica dependendo do diagnóstico. Entre as principais condições que levam a esse tipo de procedimento estão a endometriose, adenomiose e miomatose, segundo explica o Dr. Luiz Eduardo Zanis.

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A endometriose é a mais comum entre as mulheres mais jovens, afetando aproximadamente 20% das mulheres em todo o mundo. A doença provoca cólicas menstruais intensas, dor pélvica e pode levar à infertilidade. “A endometriose, ela vai piorando, é uma doença progressiva, ela nunca melhora. Você consegue ou tentar segurar a evolução dessa doença ou você não consegue”, explica o Dr. Zanis. Segundo o médico, quando não é possível controlar a progressão, a cirurgia torna-se necessária.

O especialista alerta, no entanto, que a cirurgia para endometriose pode trazer seus próprios desafios. “Só que a cirurgia para endometriose, muitas vezes, ela é deletéria também. Tudo na vida aí é uma troca. Então, você vai trocar aquela dor pélvica, às vezes, por alguma infertilidade ou vai, enfim, dependendo do diagnóstico da profundidade do acometimento que ela tem”, pondera.

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Além da endometriose, outras doenças também podem ter indicação para cirurgia pélvica, como a adenomiose e a miomatose, caracterizada pela presença de miomas no útero.

A importância da atenção aos sintomas

O diagnóstico dessas condições é realizado através de exames ginecológicos e de imagem, mas a atenção aos sintomas e ao histórico familiar é fundamental. “As mulheres tem que perceber a família delas, a mãe, tia, irmãs. Isso existe um componente hereditário. Perceber também dor pélvica, mesmo quando jovem, sangramento disfuncional, tudo isso tem que ser objeto de investigação”, orienta o Dr. Zanis.

O médico reforça a importância do tratamento precoce: “Na medicina, o tratamento precoce, ele resolve muita coisa. Quanto mais você protela para fazer um diagnóstico e resolver, provavelmente quando você vai ter que atuar definitivamente, o processo vai ser muito mais complexo.”

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O método cirúrgico para as cirurgias pélvicas varia conforme cada caso, podendo ser realizado por via aberta, videocirurgia, cirurgia vaginal ou robótica. “Não existe uma regra geral. Existe uma condição individualizada de diagnóstico e de indicação cirúrgica, inclusive do método cirúrgico”, esclarece o especialista.

Independentemente do método escolhido, a mulher que for realizar uma cirurgia ginecológica deve estar preparada para um período de recuperação de médio ou longo prazo. “Estar com a vida organizada para que a gente consiga ter o melhor resultado no final, porque no final das contas o que a mulher quer é melhorar a qualidade de vida dela. E é isso que a gente tenta ajudar com cirurgia”, destaca o Dr. Zanis.

Riscos de não buscar tratamento

O médico alerta que não buscar o diagnóstico e o tratamento adequado inevitavelmente leva à progressão da doença. Existem doenças pélvicas que podem provocar hemorragias disfuncionais, situações em que a mulher chega ao hospital necessitando de cirurgia de emergência.

“Obviamente é muito melhor fazer um procedimento cirúrgico planejado, organizado do que fazer uma emergência. Na endometriose, quanto antes você tratar e tentar impedir a evolução e a progressão da doença, menos dor, melhor qualidade de vida e o procedimento cirúrgico também ele se torna mais simplificado”, enfatiza.

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Procedimentos realizados em estágios mais avançados da doença são mais complexos. “Procedimentos maiores, mais longos, mais demorados, mais agressivos, tecnicamente são muito mais difíceis e de proporções muito maiores, com riscos maiores à paciente, porque toda a cirurgia tem risco”, alerta o médico. O especialista adverte que, ao elevar o risco cirúrgico pela demora no tratamento, aumentam as dificuldades e a paciente pode não alcançar o resultado que obteria se tivesse procurado ajuda mais cedo.

Para mais informações, siga o Dr Luiz Eduardo Zanis no instagram: https://www.instagram.com/dreduardozanis/