O nível do rio-itajaí desce lentamente e atrasa a volta à normalidade da vida das comunidades atingidas por alagamentos, em Rio do Sul (SC)
Márcio e a mãe moram em Rio do Sul (SC) há sete anos. Pela terceira vez, a água invade a casa. Os móveis foram suspensos no ar, mas mesmo assim, muito foi perdido: ?É muito difícil porque tem muita lama, sujeira da rua e lixo. Reorganizar vai ser difícil?, afirma o estudante Márcio Junio Pereira da Silva.

Na paróquia do divino Espírito Santo, no bairro Canoas, a manhã foi de faxina. O nível da água atingiu quase um metro dentro da igreja.

Dona Vilma, que mora em frente à igreja, também aproveitou o sol para fazer limpeza: ?Para mim é horrível porque já não tenho mais 15 anos, nem 20. Já tenho 70 anos, estou desanimada?, afirma a aposentada Vilma Vieira.

De acordo com a aposentada, nos últimos anos ficou mais difícil morar no local. Antes, a casa era invadida apenas quando o nível chegava a 8 m, agora, com sete, a água já está dentro de casa.

?Precisariam colocar tubos maiores porque a água não dá conta?, disse a aposentada Vilma Vieira.

Depois de dois dias de sol, é hora de usar a vassoura para varrer para longe a água que lembra os momentos ruins: ?Eu já pensei em ir embora, minha mãe é quem não quer, então fico com ela?, disse o estudante Márcio Junio Pereira da Silva.