
Santa Catarina terá um reajuste médio na tarifa das Centrais Elétricas do estado (Celesc) de 13,53%, a partir desta sexta-feira (22). Para as residências comuns, o aumento será de 12,3%.
O reajuste anual da tarifa da Celesc foi publicado na terça (19) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O aumento nas tarifas é diferente de acordo com o perfil de consumo:
- Residências comuns (mais de 90% dos clientes da Celesc): 12,3%
- Clientes do Grupo A (alta tensão – grandes indústrias): 15,8%
- Clientes do Grupo B (baixa tensão – pequenos comércios e áreas rurais): 12,41%
Mesmo com o reajuste, a tarifa residencial da Celesc continua abaixo da média nacional e segue acompanhando a inflação. O novo valor acumulado também está inferior ao IGPM — índice que mede a variação dos custos para o produtor, consumidor e construção civil —, considerando os últimos cinco anos.
De acordo com a Celesc, a maior parte do reajuste homologado este ano foi causada por aumentos nos encargos setoriais, que fazem parte da Parcela A e não são controlados pela Celesc. Esses encargos são repassados obrigatoriamente aos consumidores, conforme definido por políticas públicas instituídas pelo Governo Federal.
O principal fator que pressionou a tarifa em 2025 foi o aumento de 36% no valor da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em relação ao valor de 2024. Esse fundo federal financia diversos programas e subsídios do setor elétrico.
A conta de luz é formada por duas partes principais. São elas:
- Parcela A: montante arrecadado na fatura, mas que a Celesc apenas repassa a outros agentes do setor, como geração e transmissão da energia, além de encargos setoriais.
- Parcela B: montante que cobre os custos operacionais da própria Celesc, como manutenção da rede, investimentos e custos operacionais.
Hoje, de cada R$ 100 pagos na conta de luz, somente R$ 15,80 ficam com a Celesc para cobrir seus custos e investimentos.
Fontes: Celesc/Aneel/Agência Brasil